sexta-feira, 26 de julho de 2013

Band Aid.

Post desabafo... Já aviso que este post não terá nada relacionado ao programa de Au Pair... será unicamente um desabafo....

Bem, vamos lá...

Como desistir de algo que nós queremos muito??? 
Abrir mão, deixar de lutar, esquecer aquilo que mais se deseja é uma das coisas que eu considero mais dificil e que, nos meus humildes 24 anos de vida, ainda não estou nem perto de aprender. 
Ta mais do que na cara que eu falo de relacionamento, né?!
Incrivel como abrir mão de coisas, em outros setores de nossas vidas, é muito mais fácil. Abrimos mão de uma comida favorita, da convivência diária com nossas familias, do emprego dos sonhos, das férias perfeitas... não digo que fazemos isso sem dor, mas que é mais facil do que abrir mão de quem se gosta, isso é mesmo. 
Acho que desde que nascemos estamos condicionados a encontrar o Sr/Sra Perfeito, e esse condicionamento é tão grande que, a cada pessoa que entra em nossas vidas, conseguimos enxengar até coisas que na verdade nunca estiveram lá. Principalmente da parte das mulheres. 
Mulher consegue achar uma desculpa para cada passo errado que a pessoa "escolhida" dá. Se não ligou, se ligou mas foi meio seco, se desapareceu por dias, se ficou mudo quando ouviu o quanto era apreciado... Umas acham uma desculpa para o lado bom, já outras, para o lado ruim. 
No meu caso, por mais que eu tente achar uma desculpa para o lado ruim, meu otimismo e esperanças me fazem criar desculpas para ações que, para ser sincera, só me mostram a verdade nua e crua. 
Ontem sai de casa, fui encontrar o "meu" mister perfeito. Mas eu sabia que o bixinho do "isso já não é mais suficiente para mim" tinha me picado. E como uma boa latina de sangue quente, isso não ia ficar muito tempo inerte. E não ficou. Tudo que tinha que ser dito, foi falado. Cada simples palavra, sem medo das consequências ou das perdas. 
Me vi em uma situação já conhecida por mim... vivi exatamente isso a anos atrás. E não posso afirmar que me recuperei 100% da situação anterior. Talvez seja por isso que, hoje, me vejo correndo em circulos e me agarrando a tudo que faça com que eu volte a viver aquela situação familiar. 
Depois de horas de conversa, honestidade de ambos os lados (pelo menos, eu espero... olha eu ai de novo, tentando me agarrar na "dúvida"), a única coisa que me passava na cabeça era: Band Aid. 
Sim, aquilo tinha que ser tirado como um band aid, rápido, numa puxada só... dói do mesmo jeito, mas diz a lenda que passa mais rápido. Para falar a verdade, eu nunca cronometrei a duração da dor depois de tirar um band aid rápidamente ou vagarosamente. Mas como já disse, sempre nos apegamos as mínimas esperanças, tanto para fazer com que a pessoa permaneça, quanto para acreditar que essa dor que arde dentro da gente vai passar rápido. 
Mas, como tirar o "band aid" que você mais deseja ter em sua vida? 
Rápido ou devagar, não importa... dói do mesmo jeito, na mesma intensidade. 
Não sou do tipo de pessoa que acredita que existe a pessoa perfeita, o principe encantado, esperando por mim. Sempre acreditei que um relacionamento é construido com amor, convivência, paciência... portanto, acredito que, mesmo os casais mais improváveis, podem dar certo com o tempo... Sempre acreditei em química, nunca em conto de fadas. E não sei até que ponto isso me favorece ou não. 
Realmente gostaria de aprender a como ser "fria" para relacionamentos... não criar expectativas, aceitar aquilo que a pessoa tem a oferecer e ponto, deixar partir quando chega a hora de partir. E melhor, saber ir quando essa hora chega. 
Partir e Ir...palavras muito presentes em minha vida... mas que não me faz uma expert só por isso. A conversa começou em torno de 12am... e quase duas horas depois, quando decidi que a minha cama seria o lugar ideal para eu passar a noite, estávamos lá, em pé , com a porta da casa aberta, em um abraço que durou mais de meia hora. Eu sabia e eles também que, aquele momento, algo estava mudando... conversamos por mais um bom tempo alí, abraçados. Cada vez eu eu falava um: "Ok, estou indo", sentia os braços dele mais apertados e me puxando para perto. 
Não pedi por favor, não pedi para ele mudar de ideia, não pedi para tentarmos. Aquilo precisava ser feito uma hora ou outra... e essa hora sempre chega, cedo ou tarde. 
Sempre respeitei o momento em que ele está vivendo agora, da mesma forma que, as vezes, acredito que me apegava tanto a ele, somente pelo fato de que ele não procurando um relacionemento sério com ninguêm, eu não correria o risco de me ver "presa" a alguém. Bem, nunca se sabe.
Minha mãe sempre me disse que, se desejamos algo muito, muito, muito, do fundo dos nossos corações, isso se torna realidade. Eu desejei do fundo do meu coração vir para os USA, e estou aqui. Aconteceu de uma hora para outra, sem muito aviso prévio, naturalmente. Talvez ela esteja certa. Talvez eu não deseje isso com a intensidade que eu acredito desejar. 
Depois do abraço "infinito", ouvindo um "eu não sou bom com despedidas", consegui dar o boa noite antes postergado, e sair. Ouvir a porta se fechando atrás de mim foi uma coisa terrivel. Minha vontade era dar a volta, abrir a porta que sempre esteve aberta para mim e voltar para o meu cantinho preferido. Mas segui, entrei no carro e olhei para a casa novamente. Fiquei parada olhando por alguns minutos... tentando entender se aquilo estava acontecendo mesmo ou não. Sim, estava... e já era mais do que passada a hora de acontecer. 
Liguei o carro e vim embora. 
Puxei o band aid... 
Sem lágrimas, sem briga, sem mais... mas com um sentimento de perda que não cabe em mim.
Eu me conheço, sei que vou ter essa melâncolia e esse sentimento de estar desistindo de lutar por algo que eu quero muito, por um tempo. Mas dessa vez, pelo menos, vou fazer isso com muita garra. 
A cada vez que eu penso que ontem pode ter sido a ultima vez que eu estive com ele, me da uma agunia e abre um buraco dentro de mim... me perco em mim mesma. Sinto a mesma sensação de uma queda. 
Mas juro para mim mesma que, vou tentar colocar em prática uma coisa que aprendi com ele... Simplificar. Não vou mais ficar tentando achar motivos, justificativas, sinais perdidos. É assim e pronto. Ontem ele chegou a falar para mim que esse tipo de coisa não é simples como "preto no braco", mas vou fazer ser. 
Deixar colorido só dói mais... 




quinta-feira, 18 de julho de 2013

07/18/2013

Juro que eu tento vir aqui postar com mais frequência... mas sempre o dia passa e eu não vim... Shame on me... I know. Mas cada vez que eu resolvo abrir esse blog esquecido, me surpreendo, mesmo não atualizando sempre, passando-se meses entre uma postagem e outra, o número de visitas cresce a cada dia mais. Ok... não vou prometer que vou postar toda semana, mas vou fazer um esforço de postar pelo menos duas vezes por mês... vamos ver se consigo???
E ai? Como vai a sua vida???
A minha anda bem... entre altos e baixos, idas e vindas, trancos e barrancos, tudo vai se ajeitando e o que é importante fica e o que é descartável vai embora.
Contei para você que minha parceira-amiga-irmã-marida voltou??? Sim... não sou mais Alice abandonada no país das maravilhas... agora sou Alice acompanhada no país das maravilhas... Minha vida em um mês virou de ponta-cabeça e depois voltou ao normal... não sabia se ia aguentar sem ela aqui. É incrivel como nos apegamos as pessoas quando estamos longe da família e amigos, principalmente aquelas pessoas que tem aquele "click" com a gente... podemos brigar, esbravejar, mas no final das contas é pior que duas irmãs, não desgrudamos...
Minha vida na casa nova continua boa, lógico que não 100%, afinal, que vida de Au Pair é 100%?? Mas eles são maravilhosos e eu não posso reclamar de nada.
Cinco meses já se passaram desde que eu me mudei, e é incrivel tudo que eu ja vivi nesses ultimos meses.
Fui pra Vegas, sabia??? Simmmm, dirigindo... eu e minha amiga da Rep. Tcheca... 48 horas dentro de um carro (contando ida e volta) + 3 noites lá... Lindo... ameiiiiiiiiiii... nunca me senti tão livre, viva! Recomendo para todos uma road trip tipo essa... longa, passando por vários estados... novas paisagens! Tinhamos pouco tempo, então fomos batidão... parando só para usar o banheiro, abastecer o carro e comer. Cansativo? Sim, mas valeu cada Segundo de cansaço.



Também conheci a neve! Fui para a cabana na montanha da minha HF... e finalmente, após um ano aqui, ví a neve! Coisa maisssss linda da vida, nega!!! Por mim, moraria na cabana, vendo neve todos os dias. To ensaiando pra pedir de novo a cabana emprestada... vamos ver se rola.



 




Ultimamente tenho pensado muito no que vou fazer para estender a minha estadia aqui... mexendo com a papelada da validaçÃo do meu diploma e talz... espero que de certo... Não consigo imagiar minha vida no Brasil... A unica coisa que me faria voltar seria minha familia, por que a saudade é uam coisa que dói ardida demais, mas eu sei que se eu conseguir me estabilizar aqui, legalmente (não me passa na cabeça ficar ilegal aqui), posso ir visita-los com frequencia.
Ahhhhhhhhhhhhh, mais uma novidade... Minha mãe e minha prima estão vindo me visitor... em 16 dias elas estarão aqui!!! Não é lindo??????? To com tanta saudades da minha família... vou MORRERRR quando ve-las chegando no aeroporto!!!!
Bem, venho contar para vocês como foi isso... prometo que venho!!!
Vou ficando por aqui, Mad Men está chamando meu nome.
So, See ya later alligator!!!!

P.S.: Eu sei que o dedinho ta coçando para comentar... então, não se reprimaaa!!!!!!

;-)