terça-feira, 29 de setembro de 2015

A Responsabilidade do "estar longe"

Olá pessoal! Quanto tempo, em?!

Fiquei esse tempo sem aparecer por aqui por que, depois do termino do meu programa de Au Pair, eu precisava de um tempo sem falar/pensar nesse assunto para poder voltar ao meu "eu"verdadeiro. 

O programa de Au Pair te ensina muitas coisas, mas ao mesmo tempo, te submerge em um mundo meio que irreal, onde tudo se envolve a esse ano, ou dois, vividos fora do seu pais. Não sei se tem outras pessoas que também passaram por isso, ou que concorde comigo, mas essa foi a minha realidade. 

Eu resolvi voltar aqui para falar de um assunto que, desde que mudei para cá, esteve muito presente em minha vida, assim como na vida de várias pessoas que decidiram sair do país de origem. Não é um assunto muito comentado, mas que pode causar ansiedade, medo e angustias em várias pessoas. Estou falando da "Responsabilidade do estar longe". E esse é o titulo do meu texto. 

Semana passado foi um dia muito emocional para mim, por vários motivos, mas o mais forte foi o casamento da minha prima. Sabe aquela pessoa que cresceu contigo? Mesmo sendo mais velha do que eu, sempre fomos muito próximas, sempre olhei para ela como um bom exemplo para mim e mesmo com a distância entre nós (ela se mudou várias vezes) o amor nunca dimunuiu. Conversavamos sobre nossos casamentos o tempo todo e sempre com a certeza que passaríamos por isso juntas, como sempre. Mas a vida, cheia das surpresas, não quis assim. Nem ela no meu ou eu no dela. Bem triste. 

Mas o que isso tem a ver com isso?? 
Well, TUDO! 

A partir do momento que eu decidi vir para os USA, eu "assinei um contrato" com o "estar longe" e eu aceitei todas as clâusulas impostas por isso. Nossa, que profundo, né? Mas é verdade. 
A mudança de país não te permite fazer parte de coisas, desde simples do dia-a-dia, mas também grandes, como o casamento da minha prima. 

Não entenda isso como uma reclamação, ou arrependimento. Esse programa de Au Pair me trouxe muitas coisas que eu nunca sonhei que um dia eu teria. Foi por causa dele que eu conheci o meu principe encantado, graças a esse intercâmbio, hoje, sou fluente em inglês, conheçi vários lugares lindos, pessoas do mundo inteiro. Muitas portas se abriram para mim por causa disso. 
Mas tudo isso não me saiu de graça, e não é de grana que eu estou falando não. 

Aqui vão alguns exemplos...
Eu não pude dar um abraço na minha prima no dia do casamento dela, ou um beijo de adeus na minha avó quando ela se foi, ou um ombro amigo para minha irmã quando ela precisou, ou participar dos inúmeros churrascos, aniversários, festas que aconteceram na minha casa, não pude conhecer ainda a baby de uma das minhas melhores amigas, e assim por diante.  

Acredito que a responsábilidade do "não estar" é uma das maiores que vem no pacote do morar fora. 
O fato de você vir, não faz com que a vida pare. As pessoas vão continuar casando, morrendo ou parindo, você estando perto ou não.

O segredo é vir com uma mente bem aberta, pronto para o que a vida tem a oferecer. Aceitar de coração todos os sorrisos e lágrimas que o seu caminho te tráz.
Eu sempre acreditei que tudo na vida acontece do jeito que tem que ser, e já tive várias provas disso. 

Hoje sou feliz por que sei que minha prima esta muito feliz curtindo a lua de mel dela, por que minha avó está num lugar muito melhor que o nosso e por que minha amiga tem a neném mais fofa do mundo e, mesmo de longe, me orgulho muito da mãezona que ela é. Essa é a vida. 

Aproveite ao máximo tudo e todos antes de vir. Mas nunca permita que o medo dessa responsábilidade seja maior do que sua vontade de voar. 






P.S.: me desculpe pelos erros de gramática que, provávelmente, contém no meu texto. Já são meses sem escrever muito em Português. :-P

domingo, 3 de agosto de 2014

Pós Au Pair...

Olá!!
Quanto tempo, em?!
Pois é... meu ultimo post foi em Abril, isso significa que meu programa de Au Pair acabou a 4 meses atrás... e eu nem vim aqui para contar o que tem acontecido no meu pós Au Pair Program. 
Vou fazer um resumão de tudo, porque, na verdade, hoje eu quero escrever sobre algumas coisas que eu observei durante esses dois anos e também sobre os erros que eu vejo várias meninas cometerem over and over e que levam ao processo de rematch. 


Resumo do meu pós Au Pair:

Vou resumir isso em "Expectativa (do que iria acontecer) e Realidade (de como realmente aconteceu)", acho que é o jeito mais fácil. 

Expectativa: 
Como eu havia comentado aqui, as expectativas para o meu pós Au Pair eram: trocar visto para estudante, ter a host family como sponser, entrar no programa de Tradução e Interpretação, continuar trabalhando e morando com eles até me formar e, depois, tentar um visto de trabalho ou, até mesmo, me casar com meu namorado, pois, segundo ele, após dois anos de relacionamento, esse seria o passo mais racional de se dar. 

Realidade: 
Comecei a correr atrás da papelada, escolhi a faculdade que eu queria cursar, fui aceita no programa, estava com a papelada toda certa para dar entrada para o visto, só faltava a assinatura da minha host family e a prova de que eles tinham $24k em uma conta bancária para me bancar. Como sempre, minha host estava demorando para me entregar isso. Ela sempre foi enrolada e muito ocupada, por isso não me preocupei. 
Um mês antes do meu visto vencer, a faculdade me cobrando a papelada para eles aplicarem para o visto, recebo uma ligação da minha host que mudou tudo. 
Ela começou perguntando se eu já tinha aplicado para o visto, e eu disse que não, porque eu precisava da papelada da parte dela (que BTW, eu já estava esperando por mais de 2 semanas). Após um pedido de desculpa pela demora, ela começou falando que ela não tinha conseguido colocar a kid mais nova na escola todos os dias no fall 2014 e isso significava que os horários que ela ia precisar de childcare eram os horários que eu estaria estudando, sendo assim, eles iam ter que contratar alguêm para cobrir a parte da manhã e como resultado disso, eu não ia consegueria trabalhar a quantidade de horas/semana necessárias para pagar pelos meus estudos. Nessa parte da conversa eu já estava praticamente infartando. Não conseguia acreditar que isso estava acontecendo. Como assim ela tinha demorado tanto tempo para me contar isso?! Como ela pode ficar falando por meses que estava tudo certo?! Eles me ofereceram essa oportunidade 6 meses antes do meu segundo ano acabar. Ela teve tempo de correr atrás disso só no ultimo minuto?! 
Como solução para esse problema ela me disse para trocar o visto para turista e depois de 6 meses trocar o visto de novo para estudante. Com isso ela ia ter tempo para colocar a menina na escola todos os dias, eu ia ter 6 meses para juntar grana e no final tudo ia dar certo. 
Otimo plano se não faltasse só um mês para meu DS vencer. Entrei em pânico e a primeira coisa que eu fiz foi correr para o computador e ver o que eu tinha que fazer para conseguir o visto de turista. 
Durante minha pesquisa e tudo que eu li online, tudo me mostrava que eu não tinha grandes chances de conseguir o visto. Já tinha se passado mais de 45 dias antes do meu DS vencer, eu já estava aqui a quase dois anos, eu não tinha nada no Brasil que provava que eu tinha fortes razões para voltar no final do meu visto, não tinha passagem de volta comprada, não tinha $10k em uma conta bancária (para provar que eu não ia trabalhar para ficar aqui), etc. MEU MUNDO CAIU. Liguei para o meu namorado para contar o que estava acontecendo... e também para prepara-lo para o fato de que provavelmente eu estaria indo embora em um mês. Ele foi um fofo e me acalmou e disso que nós iriamos dar um jeito nessa situação. 
Naquele momento, a idéia de deixar para trás o melhor homem (tirando meu pai) que eu já tive em minha vida, doía mais do que qualquer coisa. Uma dor ardida e constante.  
Mas no final nós realmente passamos por cima disso. 
Após esgotar-se todas as possibilidades que eu poderia fazer para conseguir ficar aqui, muitas conversas sérias e noites sem dormir, meu principe me pediu em casamento. 
Dia 12 de abril eu disse sim para o homem da minha vida. E hoje moro em uma cidade a mais ou menos uma hora de distância de onde eu morava antes, em um apartamento fofo, somos pais de duas gatinhas lindas e eu nunca imaginei que a vida poderia ser tão maravilhosa como é agora. 
Estamos ainda no processo de preencher e coletar a papelada e documentos para o meu Green Card e, após isso, talvez eu tente entrar para a Aeronautica para poder começar uma carreira de verdade aqui. 

Hoje eu realmente acredito que há males que vem para bem. Se minha host nunca tivesse mudado de ideia no ultimo momento, eu não estaria casada com o amor da minha vida e eu, provavelmente, não estaria tÃo feliz como hoje. Deus escreve certo, por linhas tortas. 




Após esses dois anos de Au Pair, consegui aprender muito e, também, consegui analisar quais alguns dos principais erros que as meninas cometem e que levam a uma experiência ruim e/ou rematch. 

Esse programa não é fácil, porém, muitas vezes fazemos certas coisas ou tomamos certas decisões que fazem com que o programa se torne em uma experiência infernal. 

Vou tentar colocar aqui, em fomar de lista, alguns dos problemas que eu mesma cometi e que vi muitas meninas cometendo. Espero ajudar um pouco. Esses erros são cometidos desde meninas que ainda estão no Brasil até meninas que já estão aqui. 
Vamos lá... 

Erro número 1: 

Mentir no Application e nas entrevistas.

Esse erro é muito comum e, muitas vezes, parece inofencivo. MAS NÃO É!

EXEMPLO:
Quando você fala que você sabe cozinhar no seu app ou na entrevista (mesmo não sabendo nem ferver água... mas você fala que sim porque uma outra au pair disse que, aqui cozinhar é só colocar uma comida congelada no microondas), e isso é uma coisa que a sua HF espera que você faça (cozinhar de verdade), eles vão criar uma expectativa a respeito disso, eles vão cobrar isso e quando a verdade realmente aparece, uma das necessidades da familia não estará sendo coberta e isso pode ser um grande problema. 
Esse exemplo pode ser aplicado para: Mentir sobre o tipo de experiência que você tem com as crianças, se você realmente é boa dirigindo, cozinhando,fazendo landry, cuidando de infants ou special needs, se você gosta de pets ou não, e assim vai... 
É muito fácil conseguir falsos dados para o app e entrevistas (eu mesma consegui algumas horas a mais para o meu app sem fazer esforço nenhum), porém, você tem que sempre lembrar que o app e as entrevistas são apenas os primeiros passos para o próximo um ou dois anos, e que, você vai ter que superar as expectativas que você mesma/o criou para a sua HF. 

Erro número 2:

Ter medo de não ter um match e, sem pensar nas consequências, aceitar coisas que não te fará feliz. 

Esse é um erro que todos os dias vejo acontecendo. 

Ninguém além de você sabe quais os seus limites e necessidades. Não respeitar isso, só para ter um match e vir para os EUA mais rápido é a maior "burrada" que eu já vi. 

Exemplo: 

Menina ama ter uma vida social agitada e ODEIA viver isolada... prefere cuidar de crianças mais velhas do que babies.  

Familia que entra em contato: 

Familia numero 1:

Estado: O mais remoto dos USA
Cidade: pequena e tradicional. Sem muitas Au Pairs na área
Cidade grande mais próxima: 2 horas dirigindo. 
Schedule: Trabalha todos os fds e dias off serão durante a semana (excluindo o único fds por mês que é a regra do programa). Porém trabalha o maxímo de 30h/semana
Curfew: 10pm quando for trabalhar no dia seguinte e 12pm quando off no dia seguinte. 
Carro: Compartilhado com a mãe, porém não pode dirigir em freeway ou dormir fora enquanto está com o carro. Não precisa pagar o gas após usar. 
Kids: 1 baby 3 months old. 
Vai ter um quarto grande e um banheiro exclusivo no basement.
Pet: None

Familia numero 2: 

Estado: Um dos estados famosinhos entre as au pairs como "Estados Perfeitos"
Cidade: Grande e com várias Au Pairs na região.
Schedule: 45h/semana e todos os fds off.
Curfew: No
Carro: velho, mas exclusivo para a Au Pair. Precisa pagar o gas. 
Kids: 4kids (12y.o, 10 y.o, 7 y.o and 3 y.o) 
Vai ter um quarto menor do que o oferecido pela familia anterior e banheiro própio, porém, os mesmo se localizam no mesmo floor que o resto da familia. 
Pet: 2 dogs. 


Após as entrevistas com as duas familias, a menina precisa se decidir, pois, ambas querem o match.

Aspirante a au pair analizando a situação: "Familia numero 2 tem 4 kids, e tem que pagar gas e meu quarto fica ao lado do quarto das kids. Que horror, tem que trabalhar 45 horas?! De jeito nenhum... Uma criança só é bem melhor e vou ter minha privacidade, também não vou precisar pagar por gas quando usar o carro. Sem contar que durante a entrevista com a familia numero 1 a HM foi um doce e fez piadinhas e o baby estava quetinho, já a HM da familia número 2 foi mais profissional e eu pude ouvir as crianças going crazy enquanto nós conversávamos. Outro detalhe, a familia numero 1 não tem pets, já a 2 tem... eu aposto que vou acabar cuidando dos dogs tbm. 
Com certeza o fato da HM número 1 ter ficado tão confortavel durante nossa conversa é por que tivemos o feeling... eles são a familia perfeita. Vou fechar com a familia numero 1". 

Após dois meses trabalhando com essa familia, a menina realmente acha que apenas uma criança e 30/horas semanais é "fácil",mas super boring porque o baby não fala e só dorme. Porém, o isolamento, o número limitado de amigas e o fato de ter um schedule totalmente oposto das duas únicas au pairs na região, ou que o único lugar "badalado" da cidade fica a 30 minutos dirigindo da casa, faz com que a menina se sinta deprimida e homesick, refletindo no trabalho e fazendo com que a qualidade do que ela precisa fazer decaía, com isso a HF comece a se questionar se esse foi o melhor match. Após algumas semanas sem nenhum melhoria o resultado é REMATCH. 

Foi culpa da família? Não... eles foram bem honestos sobre todas as circunstâncias.
Foi culpa da menina? Sim... Ela era a única que sabia quais são as suas necessidades pessoais e, mesmo assim, levou em consideração apenas uma parte de tudo que o programa de Au Pair tem a oferecer e aceitou fatores que ela sabia que não iam suprir suas necessidades pessoais. 
Não enxergar o programa de Au Pair como um todo é um erro muito comum e que pode ter resultados frustrantes e ruims. 

Eu sei que muitas vezes as familias não são 100% verdadeiras durantes as entrevistas, mas muitas são. Porém existem fatores que não vão mudar, mesmo se a familia não está falando a verdade. Esses fatores são: localização, clima, quantidade de au pairs na região, transporte público, quantidade de escolas por perto, etc.

Com toda certeza, o trabalho é a parte mais importante do programa. Você vem para cá para isso. Mas não é a única parte. A família tem que ser um "pacote completo" para as suas necessidades. Nem sempre a família que tem menos kids, ou que te oferece o melhor quarto e banheiro, ou o carro, etc, é a melhor. A melhor família é aquela que pode te oferecer as melhores opções para que você consiga suprir as suas necessidades pessoais e respeitar os seus limites. 

Se você gosta de estudar e quer focar nisso depois do trabalho, escolher uma familia que mora em uma região que tem apenas uma opção de escola, e que, a mesma só oferece cursos que não te interessam, vai te causar uma frustração. A mesma coisa acontece se você odeia frio e escolhe uma familia que mora nos estados mais gelados dos USA. 
É lógico que excessões existem, mas normalmente quanto mais necessidades pessoais deixam de ser supridas, mais frustrações aparecem e isso é quando os problemas acontecem. 

Familias perfeitas não existem, mas escolher aquela que supre o maior número possível das suas necessidades pessoais já é meio caminho para ter uma boa experiência como Au Pair. 
Pare de mentir para si mesma e negue a familia se precisar. Ser verdadeira sobre suas necessidades ajuda muito. 

Erro número 3:

Escolher ser Au Pair pelos motivos errados. 

Eu sei que esse programa é a forma de intercâmbio mais barato no mercado. E que o número de pessoas que sonham em ter a experiência de viver em um país diferente é enorme. 
Mas negar qual é o principal foco do programa só para viver essa internacional experiência é errado. 

O programa de Au Pair é focado no cuidado de crianças e ponto. Eles não estão preocupados se você que estudar, viajar, fazer amigos, casar, whatever... você vem para cá para cuidar dos pequenos da sua HF. A parte que eles falam que isso é um programa de trabalho e estudo é uma mentira. 
O programa é vendido para a HF como cheap childcare e só. A parte do "estudo", na minha opinião, só foi acrescentado para nos convencer que esse é um programa regular de intercâmbio e que nÃo estamos vindo para cá só para ser babás. 
Os cursos que podemos fazer tendo o visto J1 são limitados. Pela minha experiência, TODOS os cursos que eu queria fazer que eram da minha área de formação ou que podiam me dar créditos para a faculdade, não aceitavam pessoas com J1 visa. Os cursos que aceitam o J1 são os Continuing Education, que normalmente tem uma duração bem curta, conteúdo acadêmico limitado e são caros. 

Outro exemple é não gostar de cuidar de crianças e mesmo assim decide ser au pair só para poder vir para cá... Tenho vontade de bater nessas pessoas. Se não gosta de crianças, como você acha que sua vida vai ser fazendo isso por um ano ou mais? Acho isso muito egoísta, porque as crianças, por mais terríveis que sejam, merecem o melhor que a gente tem a oferecer.

Se a parte que você menos gosta em ser Au Pair é a parte de cuidar de crianças, isso é a prova que você tinha os motivos errados ao escolher esse programa. 

Trabalhe duro e junte dinheiro e venha como turista, estudante ou escolha qualquer outra opção de intercâmbio de trabalho, ou se você faz faculdade em algum curso da área de ciências aplique para o "Ciências sem Fronteiras", mas NÃO escolha o Au Pair, por que isso vai acabar dando errado.     

Erro número 4: 

Aceitar fazer coisas fora das regras do programa.

Esse foi um dos erros que eu pessoalmente cometi. 
Horas extras são um ótimo exemplo desse erro. Não é segredo para ninguém que as meninas fazem coisas extras e, na maioria das vezes, recebem por isso. 

Recebendo ou não recebendo pelos extras, isso é errado. E só após o meu programa acabar é que eu pude entender isso. 

As regras do Au Pair program foram feitas para que ambas as partes possam aproveitar o máximo que o programa tem a oferecer. Não nego que a maioria das regras feitas beneficiam as familias, mas, ao concordar quebrar as únicas regras que te beneficiam é a mesma coisa que assumir e aceitar que desse jeito está bom e que as familias realmente podem ir além dos limites porque nós aceitamos isso.

Eu acredito que muitas famílias abusam das meninas porque, históricamente, nós aceitamos. É comodo para as familias terem apenas uma pessoa que supre todas as necessidades de childcare e/ou housecare. Eles sempre vão testar os limites para ver até onde eles podem ir. 
Da mesma forma que nós Au Pairs conversamos entre nós sobre nossas experiencias, o que as familias fazem para a gente, etc, as familias fazem o mesmo. Elas conversam entre elas sobre o extra que a au pair fez, ou a overnight, ou a faxina... Dessa forma abre-se uma "porta" para que a outra familia ache que isso é normal e aceitável, então eles também podem esperar isso da au pair que está trabalhando para eles no momento. Principalmente familias que já tiveram mais de uma au pair. Se a primeira trabalhava 60 horas por semana, pode ter certeza que a familia vai esperar isso da segunda au pair... e assim por diante. É um grande ciclo ruim e que faz com que muitas meninas entrem em rematch. 

Isso aconteceu comigo. Minha primeira familia me pediu horas extras, eu aceitei. Recebia $10/h. Porém, trabalhar de 50 a 55 horas por semana é muito cansativo, e depois de muitos problemas, quando eu decidi que não faria mais horas extras, minha HM disse que eu não tinha opção porque eles me pagavam por isso. Eu fiquei presa a uma situação exaustiva e que não me fazia feliz. O meu empenho para o trabalho caiu e somando com outras coisas que eles fizeram e com a minha infelicidade naquele momento, tudo explodiu em uma grande briga e eu pedi rematch depois de 9 meses. 
As horas extras não foram o único ou mais forte motivo para o meu rematch, mas os fato de eu estar tão cansada e ter os meus limites desrespeitados foram um fator bem pesado para a briga que trouxe todos os problema a tona e resultou no meu rematch.

(Lembrando: Essa é a minha opinião)

Erro número 5:

Ficar calada.

Acho que esse é um dos maiores problemas entre as Au Pairs Brasileiras. 

Aceitar tudo que fazer para a gente, todas as regras quebradas, todas as injustiças e ficar caladas. 
Reclamar no grupão que algo ruim está acontecendo, mas não falar com quem realmente pode fazer algo a respeito disso, não vai mudar ou ajudar a situação em nada. 

O medo de enfrentar a situação e falar é grande e eu já passei por isso também. Achar que a LCC nunca está do nosso lado, ou que rematch é praticamente uma sentença de morte ou que não temos ninguêm aqui do nosso lado, normal mas é errado. 

Exemplos de situações que as meninas se submetem a passar e que não negam e/ou comunicam a agencia:

  • horas extras;
  • overnights;
  • cuidar de bebes até 3 months old sem a supervisão de um dos pais;
  • ter a privacidade invadida;
  • não ter comida fornecida pela familia;
  • não serem comunicadas a respeito de câmeras na casa;
  • abuso psicológico e/ou físico;
  • ser a única Au Pair em uma casa com mais de 4 kids e ser responsável por todas;
  • não ter o meio de transporte/gas fornecido (pago) pela familia para ir e voltar das classes que estiver fazendo como au pair;
  • Não ter um quarto exclusivamente da au pair;
  • abuso de poder e/ou autoridade; 
  • não ter um dia off e meio por semana;
  • não ter um full weekend por mês. 
  • não contar como horas trabalhadas durante a nap das kids (no caso você for a única pessoa na casa com as kids).
Essa é uma lista extensa e, na maioria das vezes, as meninas nem sabem que isso são regras e que deveriam ser cumpridas. 

Aprender a respeitar os seus limiter e a se impor é o primeiro passo para não cometer esse erro. 

As conversar sobre problemas devem ser direcionadas primeiramente para as HF, se não tiver resultado, o caso deve ser levado até a LCC, depois a Coordenadora do estado e, se ainda assim, o caso não for resolvido, você pode entrar em contato com a Coordenadora geral. Essa ultima é a "chefona" que trabalha na sede da agência que você veio. Os contatos para essa pessoas estão todos no seu Au Pair room. 
O programa de Au Pair é regulamentado pelo Governo Americano. Isso significa que também podemos recorer a polícia ou fazer uma denúncia pública ou recorrer ao setor de imigração se necessário. Outro meio de denunciar algum problema grave que está acontecendo com você aqui e que não está sendo tratado pela agência é uma denúncia formal para a embaixada Brasileira. 

Se acomodar e aceitar ser a vítima só porque você se aceitou como tal, é errado, humilhante e não ajuda em nada.  
Como brasilieros, estamos acostumados a nos conformar... mas já que estamos num país estrangeiro, nada melhor do que deixar velhor hábitos ruins para trás! 

Quanto mais meninas aprenderem que ficar quietas não é a melhor forma de agir, e que, as injustiças só vão acabar quando as Au Pairs começarem a colocar a boca no mundo e apontarem os problemas, o programa de au pair vai ser perfeito.
Eu sei que tem a "lenda" de que as agências beneficiam as familias porque, eles são os que trazem o dinheiro, mas, se as agências começarem a perceber que as candidatas e familias preferem agência X e não a Y porque a agência X tem a fama de negligenciar as au pairs, eles vão ter que tomar uma atitude. Por que não se faz programa de Au Pair sem familia, mas, quem dá o nome ao programa somos nós, então está na hora de aceitarmos que somos sim uma parte importante disso (se não a mais importante), e que sem nós esse programa também não existe.  

Erro número 6:

Não manter provas a seu favor em caso a familia estiver quebrando alguma regra.

Esse foi outro erro que eu cometi. 
Após a briga com a minha primeira família, minha ex HM ligou para a minha LCC e contou a versão dela do que tinha acontecido e negando ter quebrado qualquer regra do programa. 
Foi muito dificil para eu provar que eu estava falando a verdade, pois, não tinha nenhuma prova física disso. 
Não tinha e-mails, ou texts, ou depósitos bancários, ou algo escrito a mão pelos meus hosts, videos com datas,etc. Absolutamente nada! 
Minhas horas extras eram pagas em dinheiro, meu schedule era de boca-a-boca, e assim por diante. 

Schedule digitados e imprimidos, sem nada que prove que foi seus hosts que fizeram, não provam nada, pois, eles podem alegar que você forjou isso. Conversar por telefone ou pessoalmente também não provam nada se não forem gravadas.
Pode ter certeza que as familias vão ter várias provas contra você se caso precisarem. Então salvar coisas que podem ser usadas ao seu favor em caso precise, nunca é cuidado de mais.



Bem, esse posta já está ficando gigantesco. 
Esses são só alguns erros que eu cometi e/ou observei durante meus dois anos como Au Pair. Existem outros, mas vou salvar para um outro post. 

Lembrando mais uma vez, tudo aqui é referente ao MEU ponto de vista. Uma opinião completamente pessoal e baseada nas minhas experiências, morando no estado de Washington e tendo passado por duas familias completamente diferentes uma da outra. Sinta-se livre para compartilhar a sua experiência e pontos de vista nos comentários. 

A Au Pair só vai ser a parte mais fraca dessa equação enquanto continuarmos aceitando esse posição. Respeite seus limites, imponha-se, respeite as regras do programa, venha pelos motivos certos, seja sincera e aceite qual é o verdadeiro objetivo do Au Pair... assim você já vai estar meio caminho andado para ter uma experiência extraordinária.  

Espero que gostem e comentem!!

Até mais :-* 















 


sexta-feira, 18 de abril de 2014

Esse é para ela...

Hoje o dia amanheceu mais cinza, as flores lindas da primavera não estão com a mesma beleza e mesmo com uma temperatura mais alta lá fora, dentro de mim está muito frio. 
Quando eu entrei para esse programa, eu já tinha uma ideia que minha vida seria, por pelo menos um tempo, cheia de despedidas, idas e vindas, até logos e adeus. Cheguei a acreditar, que um dia, isso seria parte tão permanente do meu cotidiano que não iria doer mais. Fui tola, muito tola, de pensar assim. 
Nunca achei que minha vida mudaria tanto em tão pouco tempo e nunca imaginei que alguém poderia se tornar, em tão pouco tempo, uma parte tão importante de mim. 
No segundo semestre de 2012 foi quando eu a conheci. E hoje é o dia que ela volta para casa. 

Esse post é para você, Janaina.

Hoje você entra no avião que vai te levar para perto de pessoas que tem amam muito e que estão malucas de saudade. Confesso que nas ultimas semanas estava rezando para que esse dia não chegasse nunca. Egoismo meu, eu sei. Não queria sentir isso que estou sentindo agora, não queria ter a certeza tão pesada que você não esta mais aqui. Mas a vida adora fazer as coisas completamente ao contrário do que desejamos, e ao invés do tempo se arrastar, ele voou. Num piscar de olhos, o mês e meio virou uma semana, e essa semana passou em menos de uma hora. 
Ontem na nossa despedida, me surpreendi que eu consegui segurar o choro. Não queria que nosso ultimo abraço fosse banhado por lágrimas. Queria ter na minha memória um momento sem lamentações, aquilo não foi um Adeus, mas sim um até logo. Você foi, e a sensação que eu tinha era que você não estava indo embora e que esse final de semana, iriamos nos encontrar como sempre, mas a verdade não demorou muito para me dar um soco na cara. Hoje acordei chorando tudo que não chorei ontem, uma ausência dentro de mim inexplicável. Um buraco. 
Nessas ultimas semanas, perante de todas as mudanças, schedules e falta de tempo, não consegui passar tanto tempo com você. Já me arrependo disso. Talvez meu subconciente já estava querendo me preparar para a sua ausência, você sabe, eu sou estranha, mas agora sinto que dói do mesmo jeito. Hoje você embarca para o Brasil levando contigo um pedaço do meu coração. 
Com você eu compartilhei os melhores momentos da minha vida aqui nos EUA. Nos divertimos juntas, amadurecemos, aprendemos, compartilhamos, sonhamos, choramos, vivemos intensamento tudo que a vida pode oferecer para nós nesse tempo. Realizamos nosso sonho da Disney juntas, com você eu fiz a minha melhor viagem de férias e com você eu aprendi que não importa a quanto tempo você conhece alguém, mas se essa pessoa faz seu coração se sentir aconchegado, preserve-a para o resto da vida. 
Saiba que mesmo muito triste pela sua partida me sinto feliz, por que eu sei que você está indo encontrar sua família e amigos, que te amam muito e estão morrendo de saudades. é um momento doce-amargo. Não posso ser egoista e querer te manter aqui só para mim. Aproveite muito esse momento. Quero que você se desligue de tudo que deixou aqui, só por um tempo, para poder viver esse reencontro intensamente, dando 100% de você. Vou sempre estar aqui, torcendo e me alegrando a cada nova conquista que você alcançar. Deus sabe o que faz e sei que isso vai ser o melhor para você. 
Essa vida já me provou milhares de vezes que amigos de verdade não se separam por causa da longa distância, então, pode ter certeza que ainda vou te encher muito o saco. 
Você sempre terá um lugar cativo na minha casa e todas as vezes que eu for para o Brasil, vou te avisar com antecedência e nós vamos fazer o possível e o impossível para nos encontrar. Combinado?
Amigos realmente são irmãos que podemos escolher Eu sou uma pessoa muito abençoada, por que, além das minhas irmãs de sangue, Deus me deu minhas amigas preciosas. Você é minha sister from another mister e eu te amo exatamente como se tivessemos o mesmo sangue correndo em nossas veias. 
Tenho certeza que o futuro te reserva uma vida maravilhosa. Você é uma pessoa batalhadora, inteligente, linda, humilde, carinhosa, caridosa, amorosa e dedicada. Dádivas divínas que te faz essa pessoa especial. Muito obrigada por me dar a honra de te ter em minha vida. 
Afaste tudo que te faz mal e viva esse momento com alegria. Um dia todas as perguntas serão respondidas e tudo fará sentido. 
Te amo muito neguinha! 

Até logo! 




p.s.: Desculpe-me se tiver algum erro de gramática. Momentos de emoção e gramática não andam juntos. 


quinta-feira, 23 de janeiro de 2014

Eu, eles e ele.

Olá pessoas! Tudo bem???

Voltei rapidinho dessa vez, né?!
Só queria compartilhar um momento que aconteceu ontem, e que me deixou muito feliz. 
Finalmente, consegui apresentar meu namorado para minha host family. Yeahh!!!!
Foi um encontro rápido, mas muito legal e que só me fez ter mais certeza de que eu escolhi a pessoa certa para estar ao meu lado. Uma pessoa que merece esse posição. 
Minha host já tinha me perguntado quando conheceria ele, mas com tantas viagens, treinamentos, trabalhos no caminho, a coisa estava ficando meio difícil de acontecer. Até que ontem, finalmente, resolvi que já era a hora e nem que fosse só para ele parar aqui para dar um "Oi" isso ia acontecer. 
Então enviei um e-mail para a minha host perguntando se ela estaria em casa a noite, por que o boy estava vindo me buscar, e que eu achava que isso seria uma boa oportunidade para ela conhece-lo. Ela ficou super animada, falou que tinha adorado a idea e, que sim, ela estaria em casa e que estaria esperando por ele. Fiquei tão feliz com a receptividade dela. 
Tenho um otimo relacionamento com eles, e nesse quase um ano que estou com essa família, nunca me senti tão em casa, acolhida e amada desde que pisei nesse pais. E como eles fazem o papel da minha família, sempre foi muito importante para mim que eles quisessem conhecer meu namorado e também que aprovassem ele como um bom homem para mim. Assim como seria com a minha família de verdade. 
Pois, que fosse feita a minha vontade. 
Minha host chegou umas 6:30 da noite, e já veio toda empolgada querendo saber dos detalhes, se ele era timido, se ele ia jantar em casa, etc. Expliquei que teria que ser algo rápido, pois, estavamos saindo, e que também ele é bem timido, por isso teria a chance dele ficar meio mudo. Mas por ela estava tudo bom e tudo lindo. Ela subiu para o quarto e pediu para eu chamá-la quando ele chegasse.
Era umas 7:30pm quando ele tocou a campainha. Meu coração disparou. Estava tão feliz e ansiosa ao mesmo tempo. Abri a porta, ele entrou, e no segundo seguinte já escuto a minha menina descendo a escada toda animada para conhecer o namorado da Lila. Nem precisei chamar a minha Host, ela já desceu, e veio comprimentando ele, com um lindo sorriso no rosto, toda feliz. Era nítido no rosto dele o quão envergonhado ele estava. Nisso já veio o cachorro pulando e querendo brincar, o menino do meio todo curioso para saber quem ele era, a menina querendo mostrar todos os brinquedos e sapatos dela, minha host tentando manter um dialogo. 
Quando achei que a situação não poderia ficar mais louca, chega meu host com seus mais de dois metros de altura falando super alto e o menino mais velho. Meu host veio todo simpatico, comprimentando e querendo puxar papo. Meu menino mais velho só deu um oi de longe e já subiu pro quarto dele. 
Só sei que, no meio da família buscapé, cachorro latindo, criança tentando brincar, outra criança enxendo o coitado de perguntas, hosts querendo manter uma conversa adulta e eu tentando acalmar o cachorro, ele se manteve firme e forte, tentando agradar e interagindo com todos. 
Fiquei tão feliz e orgulhosa por ele. Ele passou pela prova de fogo. Saimos de casa uma meia hora depois dele ter chego. Ele sobreviviu e a melhor parte é que, assim como eu, ele ficou muito feliz por te-los conhecido e também entendeu o por que eu amo tanto essa família. 
Ele me disse que em poucos minutos ele conseguiu ver o quanto eles gostam de mim e se preocupam comigo. E também que ele se sentiu muito bem acolhido. 
Foi maravilhoso. 
Hoje de manhã foi a vez de saber o que a minha família tinha achado dele. E o que eu ouvi não poderia ter sido melhor, eles gostaram muito dele, que eu fiz uma escolha certa, que nós formamos um lindo casal e que ele é mais do que bem vindo na minha casa a hora que quiser. 
Tem coisa melhor que isso? 
Fui dormir me setindo abençoada e esse feeling contianua até agora. 
Deus sabe o que faz e a hora que faz. E hoje eu consigo enxergar e agradecer por isso e por tudo que eu passei para poder chegar até aqui. 
Agora o próximo passo é eu conhecer a família dele. Mas isso é um assunto para um próximo post. 
Beijos para vocês e até mais! 

sexta-feira, 17 de janeiro de 2014

Férias

Olá!!
Como prometido, estou aqui para contar sobre as minhas férias.
Na semana do natal, minh amiga e eu embarcamos rumo a Atlanta na Georgia para nove dias e férias. 
Escolhemos o roteiro com alguns meses de antecendência e partimos na sexta feira, dia 20 de dezembro, para um road trip saindo de Atlanta, passando por qualquer cidade no Alabama (eu tinha que por meu pé no Alabama, nem fiz questão de nenhuma cidade específica), Orlando, Miami, Savannah e finalmente back to Atlanta. 
Sou louca por road trips e aqui nos USA é algo muito legal e fácil de se fazer, pois, várias cidades famosas estão localizadas bem perto uma das outras, sem contar que as vias são muito boas e é uma forma mais em conta de conhecer vários lugares de uma vez só. 
O avião chegou em Atlanta em torno das 9am do sábado, já tinhamos alugado o carro com uma certa antecedência, então, pegamos o mesmo no aeroporto e já partimos para a primeira parte da nossa road trip: Alabama. Mas não antes de parar e comer uma comidinha brasileira MARAVILHOSA em Atlanta. EU COMI MANDIOCAAAA!!!! Entende a emoção??? 
Eu sou APAIXONADA pelo filme Forrest Gump, e esse era o motivo pelo qual eu precisava colocar o meu pé em Alabama (Para quem não sabe, Forrest Gump é do Alabama). Então dirigimos em torno de 2 horas até cruzar a fronteira Georgia/Alabama e parar na cidade de Phenix. Não fizemos nada de especial lá, só andamos um pouco e tiramos algumas fotos, mas a emoção foi imensa. A parte mais engraçada foi quando eu estava procurando uma lojinha para comprar souvenirs e um cara vira para mim, com aquele sotaque do sul suuuuper carregado e fala: Sabe moça, nós não somo um estado muito popular, então nÃo acredico que você vai achar esse tipo de coisas por aqui. WHAT?! Broxei!!! E o pior é que nÃo achei mesmo. =(
Após essa decepção, o que nÃo diminuiu a minha alegria de ter pisado naquele estado, partimos para a Florida, primeira parada? Orlando.

Após mais 6 horas da estrada, chegamos no nosso hotel  em torno da 1 da matina e a única coisa que queríamos era dormir. No dia seguinte iamos para a Disney no Magic Kingdom. Acordamos as 7 da manhã super cansadas, mas nos trocamos e partimos para conhecer o Mickey. 
Que sonho que é aquele lugar! As cores, as musicas, o clima... tudo muito perfeito. Chorei quando vi o castelo, chorei quando vi as princesas, chorei quando vi a Minnie e o Mickey, resumindo, chorei igual uma criança. Tudo estava decorado para o natal. Tão lindo! TÃo mágico!
Passamos o dia todo lá. Foi muito divertido, mas chegou uma hora que já estava tendo uma overdose de pink e purpurina, então resolvemos ir embora. No dia seguinte era o dia do parque da Universal Studios. 
Eu acho que nunca me diverti tanto em um parque de diversões como eu me diverti na Universal. Eu sou uma medrosa... odeioooo montanha-russa... tenho ódio daquele sensação de queda... mas eu amei TODOS os brinquedos que eu andei lá. A montanha- russa do Hulk é PERFEITA e a do Harry Potter então?! Sem comentários! Tomei cerveja amanteigada e ví o Grinch. Super recomendo. Com certeza volta mais vezes para esse parque. Fomos embora mais cansadas do que nunca, mas com a sensação de dever cumprido. 
Próxima parada??? Miami, bitch ;-P
Oito horas dirigindo, chegamos quase no final da tarde. Ficamos em um Hostel famosinho de lá... muito legal e bem conhecido pelas festas. Dividimos o quarto com mais quatro asiaticas... AI GZUISSS que eu quase matei uma delas! Ohhhhh meninas sem noção. Calor bagaraioo... e as criaturas deixavam o ar condicionado na temperatura de 78F... ta me zuando?! 5 graus mais quente do que estava fora do quarto. Era um forno a um quarteirão da praia.
Choveu muito, mas deu para curtir. Não badalamos ou nada parecido. Não estava nessa vibe. Sem contar que lá é permitido fumar dentro de vários bares, e isso fez com que me atacasse uma alergia que eu nÃo conseguia respirar. Terrivel! Então esses 4 dias que passamos em Miami, nós usamos para descançar e relaxar bastante, afinal, tinhamos mais estrada pela frente. Também compramos um passeio pelo Everglades... muito legal mas, choveu o tempo todo, o que prejudicou um pouco o tour.


Ultimo dia, acordamos umas 10 da manhã, pegamos o carro e partimos rumo a Atlanta, com uma parada em Savannah. Mais de 11 horas dirigindo, mas valeu muito a pena. Savannah é LINDA! Como eu queria ter separado um dia inteiro para passar lá. Muitas coisas turisticas para se fazer, vários tours diferentes e a arquitetura é fenomenal. Sem contar que lá é uma das cidades que também aparece no filme Forrest Gump. A praça em que o ator Tom Hanks espera o onibus no começo do filme é lá. Que emoção pisar naquele lugar. Foi muitooo bom! Outra cidade que quero voltar, com certeza!


Após algumas horas em Savannah, era hora de finalmente ir para a ultima parada que era Atlanta. Chegamos em torno de umas 2am, chegamos no hotel e capotamos! Cama era a única coisa que me passava pela cabeça naquele momento. Dormimos muito... nos demos o luxo de desligar os despertadores e dormir mesmo. Como nosso único objetivo em Atlanta era conhecer a fábric da coca-cola, dormimos até umas duas horas da tarde. BIG MISTAKE! Tinhamos a intensão de visitar a fábrica e depois ir jantar no mesmo restaurante delicinha que tinhamos comido no primeiro dia da viagem. Porém, quando chegamos na fábrica, uma fila IMENSA! E o pior, estava chovendo e um frio de lascar! Duas horas de fila, muita chuva e frio... finalmente entramos. Até que foi legal, muito interessante dentro da fábrica, mas eu esperava mais. Provamos as diferentes bebidas que a Coca-Cola fornece pelo mundo, vimos filminho, mas nada de mais. O pior de tudo foi que demorou tanto lá que perdemos a oportunidade de comer no restaurante brasileiro. Chorei largada! Que decepção!!! :(  
Voltamos para o hotel e as 3am já era hora de devolver o carro e pegar o voo de volta para Seattle e ver o meu gatinho, que já estava morrendo de saudades! <3 
Foram nove dias inesquecíveis junto a minha melhor amiga aqui... aproveitamos muito, rimos muito, brigamos só uma vez (por que somos praticamente irmãs e isso significa que brigamos como irmãs), cantamos igual loucas no carro, conhecemos muitas pessoas, encontrei pessoas queridas, descançamos e conhecemos muitos lugares dos sonhos. 
Ter escolhido viajar ao inves de comprar um computador novo valeu cada centavo. Uma experiência de vida maravilhos que sempre vou levar comigo! e eu recomendo fazer pelo menos uma road trip durante seu ano como Au Pair. Escolha a companhia certa e isso vai valer muitooo a pena... como valeu para mim! 
Espero que gostem do post, tirei muitos detalhes por que não queria que ficasse muito longo. 

Beijinho para vocês e comentem!! 


quinta-feira, 16 de janeiro de 2014

Um século+ um dia!

Ola meus negos e minhas negas!
Quanto tempo que não apareço por aqui, em?!
Correria total minha vida nesses ultimos meses, e para ajudar, ainda estou sem computador. Tive que escolher entra comprar um novo ou viajar e adivinhem o que eu escolhi??? Viajar, é claro!
Muitas coisas se passaram desde meu ultimo post aqui. Tenho muitas novidades... então, como dizia o velho poeta: Senta que la vem história!!!

Primeiro de tudo que deixar muito bem claro que minha vida tem sido corrida, porém, muito feliz. Tenho trabalhado muiiiiiitoooo, mas, tenho uma novidade para as curiosinhas de plantão... Lembram que no meu penultimo post eu estava sofrendo de dor de cutuvelo, toda chorosa, por que tinha desistido do bofe??? Então, superei esse ai e agora estou namorando! Simmm, achei a outra metade da laranja!!!!
Ele é um fofo e tudo que eu sempre procurei em um homem. Deus foi muito generoso comigo e só tenho a agradecer. E as invejosas podem guardar a inveja para sí, por que aqui bate e volta! Então se é para desejar algo, que deseje coisas boas, por que aqui só gruda o que é bom! =P
Minha relação com a minha host family anda melhor do que nunca e, como eu nunca imaginei antes, hoje me sinto mais em casa e em família do que nunca. Pensar em deixa-los ou sair daqui me deixa com o coração na mão, por isso, decidi que assim que meu segundo ano de Au Pair acabar, vou mudar de visto e continuar com eles. Mas isso eu só vou contar com detalhes depois de tudo resolvido e acertado.
Hoje, sem querer, abri meu canal do youtube e vi que tinham varios comentários nos meu vídeos. Adore!! Então, resolvi gravar vídeos com mais frequência, com dicas sobre o programa. O que vocês acham? Mas eu vou precisar da ajuda de vocês com os temas, ok???
Tive minhas ferias a algumas semanas atrás, fui para Georgia, Alabama e Florida... mas isso também merece um post exclusivo.
Tenho certeza que vocês estão se perguntando: Se não era para contar nada detalhado, então por que fazer um post???
E eu tenho duas respostas muito boas para isso: Primeiro: acabei de ver a hora e descobri que tenho que ir buscar a kid em 10 min. (lereee lereeee)
Segundo: quero deixar vocês curiosas(os), assim meu blog tem  mais audiência!!! HAHUAHUAHUA (risada maléfica!)
Prometo que volto hoje ou amanhã para contar sobre minhas férias com mais detalhes. Mas sobre a mudança de visto e namoro, eu prefiro manter isso pessoal... sabe como é né?!

Beijokinhas para vocês e até logo!!!

sexta-feira, 18 de outubro de 2013

Live the dream + Love the journey

Hello people!
Tudo as pampas por ai???
Após uma eternidade sem aparecer por aqui, estou de volta. 
Infelizmente meu laptop quebrou e, como estou salvando grana para minhas férias, não posso comprar outro agora, então, tenho que me virar usando o computador da família, o que nem sempre é possivel. 

Hoje venho aqui para falar sobre um e-book bem legal que eu lí sobre o universo de Au Pair. 
O nome do livro é "Live the dream + Love the journey" e a autora é a Ana Elisa Miranda, uma ex Au Pair mais do que experiente. Ela viveu essa experiência por duas vezes, a primeira vez aqui nos USA e a segunda  vez na Europa. Podemos dizer que ela é uma perita no assunto! 
O e-book, para quem não sabe, é um livro online, que você compra, faz o download e lê no seu computador. Muito conveniente, rápido e prático. O texto é bem escrito, super bem ilustrado com fotos pessoais da própia autora e o melhor, todo em inglês, o que ajuda muito para praticar antes ou durante o programa. 
No livro ela conta o por que decidiu ser Au Pair, dá várias dicas importantes sobre o programa, como fazer as malas, dicas sobre as kids, os medos que ela enfrentou, seu crescimento após cada obstáculo, a difenreça de ser uma Au Pair entre USA e Europa e o resultado de toda essa experiência, e tudo isso com uma linguagem bem simples e pessoal, o que traz o leitor para dentro daquele mundo. Um livro de rápida leitura, pois, tudo é bem resumido , sem deixar faltar os detalhes necessários, tornando-o super prazeroso de ler. 

Tá curiosa para ler?
É muito facil de encontrar:
só entrar nesse site: http://www.anaelisamiranda.com/live-the-dream.html dar o preço que você acha que a nossa amiga Ana Elisa merece pelo livro, e comprar! O valor minimo é de 1 euro. Mais facil que isso só melzinho na chupeta ;)

Então é isso galerex!
Assim que tiver mais tempo volto para contar as novidades...
Só para constar, já me recuperei do meu ultimo tombo... Linda e solta na balada!!!

See ya later alligator!!!!