terça-feira, 29 de setembro de 2015

A Responsabilidade do "estar longe"

Olá pessoal! Quanto tempo, em?!

Fiquei esse tempo sem aparecer por aqui por que, depois do termino do meu programa de Au Pair, eu precisava de um tempo sem falar/pensar nesse assunto para poder voltar ao meu "eu"verdadeiro. 

O programa de Au Pair te ensina muitas coisas, mas ao mesmo tempo, te submerge em um mundo meio que irreal, onde tudo se envolve a esse ano, ou dois, vividos fora do seu pais. Não sei se tem outras pessoas que também passaram por isso, ou que concorde comigo, mas essa foi a minha realidade. 

Eu resolvi voltar aqui para falar de um assunto que, desde que mudei para cá, esteve muito presente em minha vida, assim como na vida de várias pessoas que decidiram sair do país de origem. Não é um assunto muito comentado, mas que pode causar ansiedade, medo e angustias em várias pessoas. Estou falando da "Responsabilidade do estar longe". E esse é o titulo do meu texto. 

Semana passado foi um dia muito emocional para mim, por vários motivos, mas o mais forte foi o casamento da minha prima. Sabe aquela pessoa que cresceu contigo? Mesmo sendo mais velha do que eu, sempre fomos muito próximas, sempre olhei para ela como um bom exemplo para mim e mesmo com a distância entre nós (ela se mudou várias vezes) o amor nunca dimunuiu. Conversavamos sobre nossos casamentos o tempo todo e sempre com a certeza que passaríamos por isso juntas, como sempre. Mas a vida, cheia das surpresas, não quis assim. Nem ela no meu ou eu no dela. Bem triste. 

Mas o que isso tem a ver com isso?? 
Well, TUDO! 

A partir do momento que eu decidi vir para os USA, eu "assinei um contrato" com o "estar longe" e eu aceitei todas as clâusulas impostas por isso. Nossa, que profundo, né? Mas é verdade. 
A mudança de país não te permite fazer parte de coisas, desde simples do dia-a-dia, mas também grandes, como o casamento da minha prima. 

Não entenda isso como uma reclamação, ou arrependimento. Esse programa de Au Pair me trouxe muitas coisas que eu nunca sonhei que um dia eu teria. Foi por causa dele que eu conheci o meu principe encantado, graças a esse intercâmbio, hoje, sou fluente em inglês, conheçi vários lugares lindos, pessoas do mundo inteiro. Muitas portas se abriram para mim por causa disso. 
Mas tudo isso não me saiu de graça, e não é de grana que eu estou falando não. 

Aqui vão alguns exemplos...
Eu não pude dar um abraço na minha prima no dia do casamento dela, ou um beijo de adeus na minha avó quando ela se foi, ou um ombro amigo para minha irmã quando ela precisou, ou participar dos inúmeros churrascos, aniversários, festas que aconteceram na minha casa, não pude conhecer ainda a baby de uma das minhas melhores amigas, e assim por diante.  

Acredito que a responsábilidade do "não estar" é uma das maiores que vem no pacote do morar fora. 
O fato de você vir, não faz com que a vida pare. As pessoas vão continuar casando, morrendo ou parindo, você estando perto ou não.

O segredo é vir com uma mente bem aberta, pronto para o que a vida tem a oferecer. Aceitar de coração todos os sorrisos e lágrimas que o seu caminho te tráz.
Eu sempre acreditei que tudo na vida acontece do jeito que tem que ser, e já tive várias provas disso. 

Hoje sou feliz por que sei que minha prima esta muito feliz curtindo a lua de mel dela, por que minha avó está num lugar muito melhor que o nosso e por que minha amiga tem a neném mais fofa do mundo e, mesmo de longe, me orgulho muito da mãezona que ela é. Essa é a vida. 

Aproveite ao máximo tudo e todos antes de vir. Mas nunca permita que o medo dessa responsábilidade seja maior do que sua vontade de voar. 






P.S.: me desculpe pelos erros de gramática que, provávelmente, contém no meu texto. Já são meses sem escrever muito em Português. :-P

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